terça-feira, 4 de junho de 2013

Mudanças

Não sou a mesma pessoa... não sinto igual, não amo igual, não sofro igual... As mudanças não pedem permissão para acontecer, elas simplesmente nos surpreendem e nos arrebatam. Nos viram do avesso, nos jogam de um lado para o outro, assopram a poeira e dizem: acostume-se, você mudou. Com o corpo dolorido, a mente cansada, o ânimo fraco nos vemos em uma realidade desconhecida. Acordamos em um vasto deserto com uma missão e nenhuma ferramenta. Reconstrua-se. Mas como...? Se nem sequer temos todos os pedaços que faltam em nós... 
Seguir em frente é difícil, mas necessário... sentimos falta do velho "eu". Olhamos para trás e tudo parece tão melhor, mais feliz, mais coerente do que o deserto que temos a frente. Ver quem nós éramos traz uma sensação de vazio, perda, confusão... quem sou eu agora? 
Mudanças não pedem permissão para acontecer... a vida nos tira o que temos de mais estimado, para que na ausência de tudo possamos nos agarrar àquilo que menos valorizamos: a existência, a essência... a Alma.
Nós lutamos, sofremos e mudamos. Nada será como antes, diz a nossa Alma inquieta dentro de nós...