domingo, 14 de fevereiro de 2010

Pequenas coisas

Coisas ruins acontecem a todo instante, não podemos evitar. Não existe uma maneira de não permitir que pessoas nos magoem, faz parte da vida. Temos a tendência de exigir a completa e mais perfeita felicidade mas ignoramos o fato de que não existe perfeição em parte alguma do mundo. Todos nós temos defeitos, dificuldades e limitações, mas isso jamais vai ser impedimento para se alcançar o equilibrio, a felicidade. Gostamos tanto de dar atenção aos eventos grandes e ruins, às decepções que tanto nos ferem e não atentamos para aquelas pequenas coisas, que uma vez já mudaram nosso dia, nos emocionaram, evidenciaram o que uma pessoa tem de melhor dentro de si. São elas que ilustram o caráter, exteriorizam aquilo que é mais dificil de se demonstrar, o que realmente se passa dentro de nós. Sem mentiras, sem fingimento, é a verdade expressa na sua mais simples forma.
Por mais que discórdias, mal entendidos ou grandes erros aconteçam, são as pequenas coisas que nos levam de volta. Sabemos que não é certo, mas parece tão injusto que elas nos infuenciem tanto, a ponto de esquecermos qualquer coisa que tenha nos deixado de alguma forma, mal.
Elas são nosso remédio, pequenas doses de pequenos gestos que muitos achariam insignificantes, mas que pra nós, que fomos moldados pela vida a socos e pontapés, valem o peso do mundo em ouro.
Não, não é uma questão de tolerar as maiores injustiças esperando no futuro receber migalhas de algo bom. É uma questão de valorizar aquilo que nos faz bem, e deixar que os desaforos dessa vida cuidem de si.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A boa e velha conversa

Nem sempre as palavras expressam aquilo que nós gostaríamos de dizer. Quando pensamos na capacidade da nossa mente, na magnitude do raciocínio humano, percebemos como nosso vocabulário é limitado. Percebemos como somos extremamente dependentes de nossa expressão corporal. Somos dotados de talentos incríveis, que por vezes não acompanham a linguagem escrita por ser esta demasiada obsoleta. Queremos expressar nossas conquistas e nos vemos limitados por palavras tão 'pequenas' e 'pobres', com significados tão vazios, que nos questionamos porquê usar palavras definidas por alguém que jamais teve as mesmas experiências que nós tivemos. Será que nos tornamos tão complexos a ponto de não conseguirmos nos comunicar através de meras palavras? Ou será que nos deixamos levar pela 'modernização', excluindo de nossas vidas a boa e velha conversa 'cara a cara', nos restringindo a um mundo de 'longas distâncias'? Mundo este onde não temos o apoio de nossas expressões e gestos, que otimizariam em muito nossa relação com as pessoas que nos cercam.
Porque será que nem sempre as palavras expressam aquilo que gostaríamos de dizer? Nos cansamos de ouvir que "um gesto vale mais que mil palavras" e ainda temos dúvida quanto a resposta para isso. E se tomamos isso como verdade, que diriamos quanto a um gesto e uma palavra utilizados em conjunto... o mundo teria um colapso....