“Por isso não me calo; na aflição do meu espírito desabafarei, na amargura da minha alma farei as minhas queixas.”(Jó 7:11)
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Considerações
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Livro novo
terça-feira, 14 de julho de 2009
Brinquedinho velho
Não, não vou acusar a criança de egoísmo, ninguém nesse mundo está em posição de julgá-la assim. Ela adora se divertir com seu brinquedo movido a baterias, mas trocar as pilhas daquele outro às vezes à deixa fascinada. Ela fica deliciada brincando com a boneca linda e bem articulada, mas acha aquela boneca rígida e sem expressão simpática. Ela ostenta os melhores brinquedos, mas quando não tem ninguém por perto ela se sente completamente tentada a brincar com seu brinquedinho velho, ele a faz sentir-se bem. Talvez ele não tenha sido seu primeiro brinquedo, mas foi o único que a tinta ainda não descascou. Pode não ser o melhor, mas ela reconhece seu alto valor, e sabe que existem pessoas que o vêem como novo. É como se ele fizesse parte permanente da sua vida, ela não pode simplesmente ignorá-lo. Ele pode não ter sido o único a ser quebrado por descuido, mas foi o único que ela quis consertar, mesmo que algumas partes tenham se perdido para sempre. Às vezes ele é a última opção de divertimento, mas nunca deixou de ser uma opção, nem deixará de ser...
Talvez, ser um pequeno brinquedinho velho não seja tão ruim assim...
terça-feira, 19 de maio de 2009
Jogo da verdade
Lutamos, sofremos, recuamos... Voltamos e persistimos... Delirando ensandecidos...
As palavras a serem ditas parecem finalmente querer escapar de nossa boca... O jogo dá sinais de encerramento... É a última jogada, a cartada final. Falar e vencer, ou calar e perder...
A verdade liberta, mas antes irá deixá-lo louco...
terça-feira, 14 de abril de 2009
Perdão.
Perdoe-me. Perdoe-me se tenho sido impaciente, se tenho pressionado uma realidade que se recusa a existir. Perdoe-me se tenho sido distante, preferindo estar sozinha com meus devaneios à encarar a vida como ela é, ou deva ser. Perdoe minha tristeza que por vezes parece infundada, mas que por tras mostra-se com causas bem sólidas. Perdoe minha incapacidade de demonstrar o que realmente se passa, perdoe se não consigo ser quem eu sou quando não há ninguém por perto. Perdoe meus desejos egoístas que turvam minha visão e obscurecem meus propósitos. Perdoe minha visível incoerência de sentimentos, é difícil parecer forte quando se está despedaçada, o resultado nem sempre é convincente, mas confuso. Perdoe minhas tentativas fracassadas de fingir indiferença ante a fascinação entalhada no meu rosto. Perdoe-me se tenho sonhado demais. Perdoe cada palavra, cada atitude não condizente com a expectativa. Perdoe a fraqueza exposta em cada frase não dita. Perdoe meu silêncio, perdoe tambem meu desabafo...
“Perdoe-me estas lágrimas, perdoe-me meus inúteis anseios...”
(Os sofrimentos do jovem Werther-Goethe)
quarta-feira, 18 de março de 2009
Superação...
Por vezes nossas vidas tomam rumos que nos são desconhecidos. Percorremos caminhos sombrios, estradas abandonadas, trilhas invisíveis que parecem nos levar a lugar nenhum, apenas mais fundo em um mundo desolado e perturbador. Ficamos apavorados certos de estarmos completamente perdidos, imaginando sempre o pior fim pra tudo isso. O medo nos mergulha em um torpor infinito, e afundamos. Solitários, entorpecidos e entregues. E por mais estranho que possa parecer, nos sentimos seguros. A dormência que nos envolve nos mantém ignorantes da realidade, nos impede de sentirmos dor. E assim passamos os dias, apenas existindo... Até que inesperadamente sentimos nosso rosto se aquecer, e tudo a nossa volta fica extremamente claro. Tentamos abrir os olhos, mas a claridade machuca e levamos a mão ao rosto para cobri-los. O torpor que nos protegia parece ter sumido dando lugar a um vazio que não sabemos como preencher. A dor ainda está conosco, mas as lágrimas que antes a expressavam se negam a descer. Então nos damos conta: o vento soprou nas nuvens trazendo o sol. Revelando por trás de um cenário desolado uma realidade nova. Uma oportunidade. Logo, tudo nos parece familiar, mesmo nunca tendo visto coisa igual. Percebemos a superação. Entendemos que ‘se perder’ era necessário para acharmos nosso verdadeiro ‘eu’. Que mesmo fragmentada e incompleta, ainda temos uma vida que já não nos parece tão amarga como antes. Podemos finalmente respirar aliviados e olhar para trás sem que o mundo se acabe toda vez que fitamos o casulo de onde acabamos de sair. Sentimos as feridas abertas em nós queimarem, mas elas já não sangram mais. Renascemos, mudamos, evoluímos. Superação...
Não declares que as estrelas estão mortas só porque o céu está nublado...
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Vícios...
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
NEVERMORE!
“and my soul from out that shadow